Por Eliane Neves, Correio de Uberlândia
O Triângulo Mineiro pode ser enquadrado como uma das regiões para a produção de queijo minas artesanal graças ao projeto que a Secretaria Municipal de Agropecuária e Abastecimento de Uberlândia vai enviar ao governo do Estado. Para a produção desse tipo de queijo, existem algumas características que são levadas em conta, como o clima, altitude, histórico, entre outros.


A ação faz parte da iniciativa do Programa Queijo Minas Artesanal, executado pela Empresa de Assistência Técnica e Expansão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater), em parceria com o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Em princípio, serão avaliadas se as características da região se enquadram nas normas de certificação. Vencida esta etapa, cerca de 1,3 mil produtores de queijo artesanal do Triângulo Mineiro passarão pela avaliação quanto ao processo de produção e tempo de maturação dos queijos. “Esta exigência surgiu por causa da procura de consumidores por produtos certificados, o que permitirá ao produtor vender o queijo para outros estados e até para outros países”, disse Vanessa Petrelli Correia, secretaria Municipal de Agropecuária e Abastecimento.
A Emater considera que fazer parte do programa assegura, principalmente aos pequenos produtores, uma alternativa para a comercialização do produto com maior valor agregado, gerando mais emprego e melhorando a qualidade de vida.
Em Minas Gerais já existem localidades produtoras do Queijo Minas Artesanal, no Cerrado Mineiro e próximo a Serra da Canastra e as cidades de Araxá e Serro.
Adaptação
Na tentativa de adquirir pré-requisito para o certificado do Queijo Minas Artesanal, o produtor José Eustáquio Moreira Jordão, de forma pioneira na região, modificou as instalações e a prática de produção na fazenda na zona rural de Uberlândia. “Tem quase um ano que estou mudando as instalações físicas, equipamentos, vestuário e organizando documentos, porque senti dificuldade na hora de vender por faltar uma garantia de inspeção e fiscalização.” Jordão afirmou que investiu em torno de R$ 35 mil e que o produto já apresenta maior aceitação no mercado.