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Ana Luiza lembra com carinho de sua história com o queijo: “Quando era mocinha já fazia queijo.
Lembro do meu avô paterno e da minha mãe fazendo queijo desde sempre. Tenho uma lembrança muito especial do meu avô fazendo queijo. Meu pai levava leite para ele fazer seus queijos frescos.”

“Ele apertava delicadamente a massa do queijo com suas mãos enrugadas de um lado para o outro.
As mãos enrugadas dele mexendo na massa do queijo nunca saíram da minha mente. Era uma delícia comer aquele queijo feito pelo vovô acompanhado de doce de leite”, continua.

Anos depois, após se aposentar, Ana viu que estava sendo construída a 1° Escola de Mestre Queijeiro da Canastra, uma notícia que despertou uma antiga paixão: “Naquele momento soube que era isso que queria para minha vida. Desde então, venho estudando, fazendo cursos e me aperfeiçoando na arte de fazer queijos.” Ela então começou a comercializar queijo, informalmente, vendendo através do Instagram e WhatsApp – uma ideia que, anos atrás, sua mãe também cultivou. Desde então ela vem se especializando: “Entrei para a Comunidade do Queijo e participei de vivências na Canastra, Mantiqueira, Viçosa e Papagaios.”

Com a pandemia, Ana foi morar na fazenda, onde produz seus queijos e geleias desde então. Seu sonho, logo passou a tomar forma, transformando-se em seu projeto de vida: “Construir a queijaria é meu sonho. Estamos dando andamento na queijaria.” Os queijos são produzidos na Fazenda Santa Isabel, em Passos, Minas Gerais. Cidade que fica localizada no sudoeste mineiro, uma importe bacia leiteira de Minas Gerais.

Utilizo a cozinha da fazenda, uma vez que ainda não tenho a queijaria.

A altitude da fazenda é de 750 metros, abrigando um rebanho de 400 animais. “Nossas vacas são Holandesas, nascidas e criadas na própria Fazenda.” A alimentação do gado engloba silagem de milho, polpa cítrica, caroço de algodão, grão úmido de milho, farelo de soja e feno.

Na produção dos queijos é utilizado somente leite da própria fazenda: “Tiramos 5000 litros por dia”, sendo o “Chancliche” considerado a estrela dos seus produtos artesanais.

“A receita desse queijo me foi dada por uma síria, Zelinda Abraão, receita centenária de sua família.
Ganhei o ouro com meu “Chancliche” de Chimichurri, no Mundial do Queijo, e a prata com meu Chancliche de Limão, no Prêmio Queijo Brasil.”

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Blog Paladar Estadão

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