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Os sócios Patrick Paulsen e Eduardo Oliveira, da Queijaria Dansken, em São Vicente-MG, fizeram um percurso inusitado: depois de trabalharem anos na indústria láctea, decidiram entrar no mercado dos queijos especiais em pequena escala de produção. Patrick se formou em técnico em laticínios em 2008 no Instituto de Laticínios Cândido Tostes e conheceu Eduardo, que também trabalhava em laticínios e se uniu ao projeto em 2023.

Descendente de dinamarqueses pioneiros na produção de queijos no Sul de Minas, Patrick decidiu voltar para São Vicente em 2019 para resgatar a tradição familiar. “Meu bisavô foi dono do Laticínio Campo Lindo, vendido para a Polenghi em 1988. Agora, quero reinserir a família no mundo dos queijos, mas com um olhar autoral”, conta. A esposa de Patrick, Maira, cuida da parte de marketing e a de Eduardo, Fernanda Dulço, é responsável por qualidade e assuntos regulatórios.

Inicialmente produzindo o queijo fresco serrano frescal “que tem muita versatilidade, ideal para derreter ou consumir com geleias regionais e foi nossa porta de entrada”, a fabricação logo evoluiu para maturações mais complexas. “Fomos no Mundial do Queijo do Brasil, onde ganhamos uma medalha com nosso queijo paulo bartoldi – homenagem ao bisavô –, que tem notas de manteiga e nozes, com leve acidez equilibrada e é curado no mínimo 60 dias. Para nós foi algo novo, ficamos com vontade de fazer parte desse movimento do artesanal também. Nossa intenção é lançar outros produtos autorais.”

“Como parte da nossa estratégia de marketing e posicionamento comercial, nos próximos meses lançaremos o queijo Arne Paulsen — uma criação de massa cheddarizada que traduz nosso compromisso com sabores autênticos e notas complexas. O nome homenageia o avô de Patrick, uma figura apaixonada pelos laticínios e peça fundamental na construção da história dos queijos finos no Brasil.” Afirma Maíra. Com o lançamento do Queijo Arne Paulsen, os empresários pretendem fechar o ano, com 3 lançamentos inéditos.

Com capacidade para 300 litros/dia, a produção ainda é pequena, mas a dupla aposta em crescimento orgânico. “Cada detalhe é pensado com rigor e cuidado para que nossos queijos não apenas atendam, mas superem as expectativas. Antes de chegar até o cliente, cada lote passa por uma avaliação criteriosa, garantindo a qualidade que é marca registrada do nosso trabalho. Estamos expandindo nossa presença nas principais cidades do Brasil, com foco em lojas e mercados especializados em queijos, empórios e chefs de cozinha”, explica Eduardo, que atua no comercial.

Atualmente, toda produção é feita com leite de um único fornecedor de confiança, garantindo padronização e qualidade. No entanto, eles já estão se preparando para a transição para utilizar leite próprio, proveniente da própria fazenda, um passo importante previsto para acontecer em 2026..


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