“Se fechar os olhos volto a infância e sinto o cheiro do quarto de queijo do meu pai com suas bancas, formas e prateleiras suspensas de madeira.”
É com esse carinho que o produtor Antônio Jesus de Freitas lembra de sua infância. Numa tradição familiar que foi cultivada de geração em geração: “É a história da nossa vida!! Pai queijeiro, avô queijeiro…vai passando de um pro outro! O “fazer queijo” sempre esteve na família. É “pingo” na veia, eu penso! rs”
E esse legado é mantido pelo produtor, que tenta passar para a frente o que lhe foi ensinado há tempos atrás.
“Migramos de Sabinópolis em 1965, município vizinho ao Serro, quando nosso pai, Seu Odilon, resolveu ” tentar a vida” aqui pelas bandas do Vale do Rio Doce. “Atualmente a fazenda encontra-se no leste de Minas, nas proximidades do Pico do Ibituruna, região seca e quente. Embora o nome remeta à montanha, a fazenda se situa em baixa altitude.
Com gado sendo formado, em sua maioria, por vacas da raça Girolando, de médio porte. O plantel de 25 cabeças, possui sua alimentação ligada a pasto, volumoso de capiaçu no coxo e concentrado, gerando de 150 a 200 L de leite por dia.
O carro chefe da propriedade é o QMA meia cura, “feito na forma de madeira que foram de nossos pais e avós. Ponho uma forma dentro do balde de aparar o pingo.”
Toda a família é envolvida na produção. “Sempre digo que essa foi a maior herança que nosso pai, Sr. Odilon Miranda, pôde nos deixar. Nascemos e crescemos em meio aos queijos que sempre foram nossa principal fonte de renda.