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Dados do projeto

por Robin Geld

Alguns dados básicos envolvendo projeto doação de cisternas da Sertãobras no Norte de Minas, próximo a Janaúba, cuja implantação pelo IDS (Instituto de Desenvolvimento Sustentável) teve início no final de julho de 2009, com término no final de setembro de 2009:

  1. Região do semiárido, ou Mata Seca, do caatingão e não da caatinga, entre a Mata Atlântica e a Caatinga. Chuvas final de outubro a abril.
  1. Pluviosidade média anual 800mm. A chuva é mais do que suficiente para encher uma cisterna de 16.000 litros, tendo a casa 40 m²  com cobertura de telha de cerâmica. O suficiente, sem desperdícios, para uma família de cinco beber e cozinhar durante o período de seca.
  1. Doação da SerTãoBrás: 59 cisternas, capacidade cada 16.000 litros.
  1. Implantação das cisternas: execução de Alonso Reis da Silva, do IDS (Instituto de Desenvolvimento Sustentável), julho a setembro de 2009.
  1. Local da doação, assentamentos Mandassaia e Tracbel, ao norte de Montes Claros, próximo a Janaúba e Porteirinha.
  1. Assentamentos Mandassaia e Tracbel, 200 famílias em lotes de 40 hectares, numa área total de 23,000 hectares, contando com 11 poços artesianos quando adquirido pelo INCRA 10 anos atrás, cisternas mais antigas da Cáritas Diocesana, eletricidade pelo “Luz para todos”, bolsa família, e em Mandassaia está a Escola Municipal Tiradentes que atende a todas as crianças da região, com ônibus escolar que passa nas estradas principais, kms ainda de muitas crianças que chegam aos pontos de bicicleta, contando com a boa vontade de moradores próximos para deixá-las em suas casas até a volta.
  1. Agricultura familiar aos poucos melhorando, o problema da falta de água sendo um dos fatores dificultosos. As cisternas cujas águas são para beber e cozinhar, ajudam na agricultura pelo fator tempo: as famílias têm o tempo que gastavam no deslocamento para abastecimento de água potável, para trabalhar a roça. Em lugares uma abundância de murundus, parecem grandes cupins mas nas quais há vegetação, e até árvores, e nas quais o gado gosta de raspar os chifres, porém não propiciam ao plantio.
  1. Cultivo especial de mudas de moringa, cujas sementes purificam águas das cisternas e providenciam alguns nutrientes favoráveis à saúde.
  1. Criações e plantações nos assentamentos, algumas galinhas, porcos , bois e vacas. Abóbora, mandioca, milho, feijão, banana, coco, melancia, laranja, manga. Há projetos em andamento de apoio ao cultivo, com escoamento de produtos garantido em vendas para a escola local e mercado de Janaúba.

10.A água dos poços na região é salobra, algumas mais que outras, e considerada por quase todos danosa à saúde (alegam propiciar pedra no rim), desagradável, ruim para cozinhar, especialmente feijão, que dizem ficar “encroado”.  Deixa também resíduos que acabam por entupir encanamento e mangueiras.

11.Doação da SerTãoBras para moradores de ambos assentamentos. Execução de Alonso Reis da Silva, coordenador do IDS (Instituto de Desenvolvimento Sustentável) em parceria com ASA (Articulação do Semiárido) em seu projeto de 1 milhão de cisternas no semiárido.

12.Algumas árvores e plantas que se destacam:

  • Aroeira
  • Embaré
  • Barriguda
  • Umbuzeiro
  • Algodão de seda (saco de velho)
  • Caatingäo
  • Umburana
  • Bougainvellia silvestre
  • Surucânea
  • Gameleira

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