Produzido tradicionalmente no Triângulo Mineiro, o queijo da microregião de Araxá foi trazido pelos portugueses na época da colonização e se perpetuou com o passar dos anos em Minas Gerais.
Atualmente, em 2017, esse queijo avança no processo de reconhecimento da sua Indicação Geográfica. A Associação Queijo Araxá e a Ampla -Associação dos Municípios da Microrregião do Planalto de Araxá (Ampla) estão organizando os próximos passos, como audiências públicas com produtores, para reconhecer esse patrimônio cultural e sua origem.
A Ampla tem nove municípios associados: Araxá, Pratinha, Ibiá, Perdizes, Pedrinópolis, Tapira, Campos Altos, Medeiros e Tapiraí. A microrregião prevê ainda os municípios de Uberaba, Sacramento, Santa Juliana e Conquista.
Esse queijo é de leite cru de vaca e usa o “Pingo“, fermento feito à partir do soro do dia anterior.
“A quantidade de pingo utilizado varia de acordo com fatores climáticos: se está mais frio, usa-se mais pingo; se faz mais calor, diminui-se. No geral, um litro de pingo vale para 100 litros de leite. O leite vira coalhada, que é cortada. Com uma mexedura, separa-se o soro. Depois, de 45 minutos a 1 hora, a massa é colocada em formas cilíndricas e prensada manualmente, para dessorar. Quando o queijo adquire densidade, é feita a salga seca, com sal grosso em sua parte de cima. Após 8 a 12 horas, ele é virado, e salga-se a outra face. Aí vem o acabamento, ou grosa, como costumam chamar. Grosar é fazer a toalete do queijo: lixar para que, externamente, ele fique com uma textura lisa, uniforme.” citação do livro “O Pingo da Alma”.(pdf)
A região tem potencialmente cerca de mil produtores de queijos da agricultura familiar, mas somente 19 produtores cadastrados ao IMA.
Como tradição os queijos artesanais costumam ser servidos juntamente doce de Leite, goiabada rapadura e doce de figo etc.