Por Gabriel Donato Andrade
Responsabilidade social, atualmente, é um dos princípios básicos a orientar as atividades de qualquer cadeia de produção alimentícia. Na agropecuária, isso deve ser ainda acentuado, pois o gado tem sido acusado por ambientalistas de ser nocivo à natureza, principalmente na Amazônia, onde grandes áreas de floresta são desmatadas para a prática. Foi feito inclusive um acordo entre grandes redes de supermercado para não comprarem mais carne bovina da floresta amazônica.
Desse ponto de vista, da sustentabilidade, o gado GIR é campeão. Tenho dedicado muitos anos de trabalho à evolução da raça, que consiste no trabalho simples de valorizar as vacas com maior lactação e acasalar com touros de maior qualidade genética. O resultado é que o tipo morfológico atende aos requisitos de um animal moderno produtor de carne e leite, que não exige muito da natureza, pois não precisa de grandes áreas de pastagem e suporta uma alimentação mais rústica. Os controles oficiais apontam, na fazenda Calciolândia produções médias de 3.198 kg de leite(305 dias, 2 X), sendo comuns lactações acima de 4.000 kg ou até 5.000 kg leite/lactação.
Então, em matéria de responsabilidade social, o GIR oferece melhor qualidade de leite e carne, porque as vacas são muito aptas ao nosso clima, são saudáveis, isso diminui o uso caro e contaminante de antibióticos e medicamentos.