Com cada vez mais acesso à internet e aos meios de comunicação, as crianças vêm se tornado pequenos atores sociais e potenciais disseminadores de informação. Pensando nesse sentido, vários projetos sociais visam contribuir com a formação dos pequenos, em uma jornada de descoberta, buscando construir também um futuro consumidor consciente. Essa é uma das propostas do Programa “A União Faz a Vida”, que já atua a mais de 27 anos promovendo atitudes e valores de cooperação e cidadania através da educação cooperativa, colaborando para a educação integral de crianças e adolescentes pelo Brasil. A proposta do projeto é que as crianças e jovens sejam os protagonistas do processo de aprendizagem, sempre mediada pelo educador.
Um dos projetos do programa foi elaborado em conjunto com o Sítio Aliança, na cidade de Santana do Itararé, no Paraná. Num primeiro momento, alunos e educador buscam determinar uma “pergunta exploratória”, que norteia o projeto, nesse caso os alunos decidiram decidiram por averiguar como se dá o processo da cadeia produtiva do queijo
Logo após, na fase da “Expedição Investigativa”, foi o momento da turma conferir de perto o processo dentro da fazenda, sendo guiados pelo casal Leomar e Marisa.
“Eles não deixam de aprender fora da escola, pois tem informações de número, ciência, biologia e tudo mais, na prática, é claro”, conta Leomar.
Num segundo momento, o casal foi até a escola responder às perguntas elaboradas pelos alunos e dar mais detalhes do processo de fabricação de queijos.
Projeto Broto
Outro projeto que visa contribuir para a formação de jovens contou com o apoio da Queijaria Brivido em parceria com o programa “Broto”, iniciativa da ONG Colher. Vinculada ao PIT – Parque de Inovação e Tecnologia, o projeto visa profissionalizar jovens que são atravessados pela vulnerabilidade social.
“Nós fizemos um primeiro experimento com uma ONG de São José dos Campos. Eles ensinam gastronomia e empreendedorismo para jovens de dois abrigos e uma escola pública da região onde está localizado o parque. Na ocasião, cada grupo produziu seu próprio queijo fresco. E após, tiveram uma demonstração de massa filada”, conta Francisco Lobello, produtor da queijaria Brivido.
Durante a experiência, Francisco aproveitou ainda para introduzir temas que possam contribuir com a formação dos jovens. Como, por exemplo: o que são produtos ultraprocessados, como ler e avaliar rótulos, medidas e instrumentos de medição, como funciona a cadeia do leite, bem-estar animal etc.
“Nossa ideia é contribuir com a formação desses jovens para que sejam, no futuro, profissionais e consumidores mais conscientes e se tornem disseminadores da cultura gastronômica e dos produtos artesanais.”
E ele já projeta novos rumos após o primeiro contato: “A partir do aprendizado dessa primeira experiência, temos a intenção de oferecer essa experiência para outras instituições públicas e privadas.”