Unesco votará, na próxima quarta-feira, Candidatura do Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal
Na próxima quarta-feira, dia 04 de dezembro, a Unesco votará a Candidatura do Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Trata-se de uma arte transmitida por gerações, que alia o cuidado com a natureza à preservação da memória e do modo de vida das comunidades produtoras. Cada queijo é testemunho de uma vida em harmonia com o tempo e as paisagens das Minas Gerais, refletindo valores da hospitalidade, convivência e orgulho. A candidatura junto à Unesco, a partir da articulação entre produtores agentes locais, Iphan e MnC, reafirma a importância de valorizarmos e transmitimos esse legado vivo que é Patrimônio de Minas, do Brasil e do mundo inteiro.
O Queijo Minas Artesanal é símbolo vivo da cultura brasileira. A candidatura do bem cultural à Lista Representativa da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) será apreciada durante a 19ª sessão do Comitê Intergovernamental da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial do órgão, que acontece entre os dias 1º e 7 de dezembro em Assunção, no Paraguai.
“Os sabores brasileiros são uma de nossas muitas riquezas. Fazer queijo, culturalmente, traz consigo as características de um território e de seu povo. A possibilidade desse preparo tão característico do Queijo Minas Artesanal ganhar tamanho reconhecimento só demonstra a potência dessa expressão tão importante e simbólica”, afirma a ministra da Cultura, Margareth Menezes.
Além do bom e velho Queijo Minas já ser parte da vida de milhões de brasileiros, desde 2008 os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal são reconhecidos como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Cultural e Artístico Nacional (Iphan), autarquia vinculada ao Ministério da Cultura responsável pelo reconhecimento. Foi o Iphan que apresentou a candidatura do bem à Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco em março de 2023, a partir de um requerimento da Associação Mineira de Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo) e da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais.
“A proposta de reconhecimento tem como objetivo dar visibilidade internacional a esse Patrimônio Cultural nacional, que é uma tradição há mais de três séculos não apenas em Minas Gerais, mas em todo o Brasil”, destaca Leandro Grass, presidente do Iphan.
A produção do Queijo Minas Artesanal abrange 106 municípios de Minas Gerais. Em cada região, o queijo remete ao sentimento de pertencimento dos indivíduos a suas comunidades de origem e ao orgulho dos produtores pela qualidade do resultado de seu trabalho cotidiano, que envolve desde o manejo do pasto e o cuidado com o bem-estar dos animais até o preparo e a venda do queijo aos consumidores.
A candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal foi realizada com o apoio e a participação de associações de produtores de queijo e instituições parceiras que protagonizam a salvaguarda do bem: a Amiqueijo, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa).
Fonte: MODOS DE FAZER O QUEIJO MINAS ARTESANAL PODEM SE TORNAR PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE e MODOS DE FAZER O QUEIJO MINAS ARTESANAL PODEM SE TORNAR PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE