Matéria publicada no dia 29 de novembro no Expresso das Ilhas
A fábrica de queijo de Bolona, na zona Norte do Porto Novo, que começou a operar em 2002, acaba de ser encerrada por falta de sustentabilidade, soube a Inforpress junto da responsável do projecto, Viviane Lopes.
Viviane Lopes explicou que o projecto de Bolona, financiado pela cooperação italiana em um milhão e 240 mil euros, decidiu reorientar seu os objectivos, apostando, a partir de agora, na formação dos criadores a nível da higiene alimentar e para poderem também melhorar a criação do gado caprino.
A partir de agora, em vez de utilizarem a fábrica, os 45 criadores de gado abrangidos pelo projecto passam a produzir o queijo através do processo tradicional, em casa, e o projecto disponibiliza os materiais para auxiliar na produção e os equipamentos de frio para a conservação do queijo.
O funcionamento da fábrica de queijo de Bolona, com capacidade de produção de 180 quilos de queijo por dia, foi marcado ao longo desses anos por vários problemas, de entre os quais se destacam as constantes avarias nos equipamentos e falta de matéria-prima (leite).
Apesar dos problemas, o queijo produzido pela fábrica de Bolona estava a conquistar o mercado, sobretudo santantonense.
Viviane Lopes explicou que a formação dos criadores já começou, sendo objectivo reforçar a capacidade dos da classe visando a melhoria do processo de criação do gado e de produção do queijo.
O queijo tradicional que se produz na zona Norte do Porto Novo tem a chancela de património mundial do gosto, atribuída pela Fundação Slow Food, com sede em Itália, em 2007, na sequência de vários testes de avaliação a que foi submetido.
Nesse ano, o queijo da zona Norte do Porto Novo esteve presente a feira internacional do queijo, em Itália, visitada por mais de 200 mil pessoas.
Fonte: Inforpress/ExpressodasIlhas
29-11-2011