Duas toneladas de queijo foram incinerados no aterro sanitário de Campinas, causando um prejuízo de ao menos 12 mil reais para os dois queijeiros (comerciantes), se considerando que cada queijo custe 6 reais. Esse é o reflexo da nossa política queijeira brasileira, que obriga queijeiros a transportarem queijos de maneira clandestina, sem as devidas condições de trabalho, como cuidados com rótulos e refrigeração.
Esse prejuízo certamente reflete no produtor, que se não tiver recebido pelo queijo corre o risco de não receber. Além de prejudicar os consumidores, ponta inversa da cadeia do queijo de leite cru no Brasil, que vão ficar sem degustar os produtos das regiões mineiras, interditados em outros estados.
Polícia prende irmãos com dois mil queijos impróprios em Campinas
Do Globo.com/EPTV/SP (11/9/2012)
Dupla, de Patos de Minas (MG), revendia produto a R$ 7 a peça na região; Caminhão não era refrigerado e produtos estavam sem rótulos e NF.
Dois irmãos de Patos de Minas (MG) foram presos nesta terça-feira (11) no bairro Itatinga, em Campinas (SP), com duas mil peças de queijos tipo minas impróprias para o consumo.
A carga no baú de um caminhão não refrigerado foi encontrada por policiais civis na Rodovia Santos Dumont, no bairro Itatinga, durante uma operação para coibir roubos e furtos de veículos de carga.
A Vigilância Sanitária foi acionada e constatou que os produtos estavam armazenados de forma imprópria para o consumo, já que o caminhão não era refrigerado e haviam pedaços de carne junto com os laticínios. Além disso, os produtos não possuiam nota fiscal nem rótulos com data de fabricação e validade.
Segundo a polícia, os queijos eram vendidos a R$ 7 a peça para pequenos comerciantes na região de Campinas. Os produtos eram trazidos do estado de Minas Gerais.
A carga será levada para o aterro sanitário e o caminhão apreendido permanecerá no pátio de Valinhos (SP). Os dois homens foram indiciados por crime contra as relações de consumo e encaminhados para a cadeia anexa ao 2º Distrito Policial.
A pena prevista para este tipo de crime é de 2 a 5 anos de prisão, segundo o delegado do 6º Distrito Policial, Fernando Chaib.